segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MANTRA: SHANTI PATHA

"Om Sa Ha Navavatu
Sa Ha Nau Bhunaktu
Sa Ha Viryam Karavavahai
Tejasvinavadhitamastu
Ma Vidvisavahai
Om Shantih Shantih Shantih"

"Om que sejamos sempre unidos e bem nutridos.
Que estejamos sempre unidos e protegidos.
Que trabalhemos juntos. Que progridamos juntos.
Que nosso conhecimento seja luminoso e realizador.
Que nunca haja inimizade entre nós. 
Que haja paz, paz, paz".

sábado, 28 de novembro de 2009

DOR NO JOELHO

Segundo autor Rüdiger Dahlker (2006) Na articulação dos joelhos elaboramos o tema da humildade da fexibilidade. Ajoelhar-se e dobrar o joelho são gestos de submissão. Dessa maneira se vai ao encontro dos dignitários religiosos; antigamente se comparecia assim perante o encontro com reis. Chama a atenção o fato de que as pessoas modernas tendem menos a dobrar o joelho. Praticamente não há oportunidade para isso no movimentado dia-a-dia. Tornando cada vez mais pessoas inflexíveis e rígidas para sobreviver nesta “selva”. Imagine o peso suportado pelas articulações dos membros inferiores em toda a vida de uma pessoa. A situação se agrava ainda mais quando um estilo de vida inapropriado e desequilibrado causa danos adicionais às articulações: falta de exercícios físicos e acúmulos de toxinas que tendem a “enferruja-las” antes do tempo. As praticas dos asanas lubrificam e exercitam as articulações, dissolvem a “ferrugem” e restabelece seus movimentos. Os praticantes de yoga sentem que as articulações se tornam cada vez mais ágeis com a prática regular dos asanas, até que seu corpo fique novamente flexível e ágil .

ANATOMIA DOS JOELHOS
Os joelhos são uma parte frágil do nosso corpo, principalmente do ponto de vista ósseo. Eles possuem um sistema de importantes ligamentos e de músculos para ajudar no seu movimento. Em seu funcionamento, os joelhos exercem influência sobre os pés e sobre o quadril. Sobre o pé, para se adaptar ao solo e, sobre o quadril, para se adaptar ao peso do corpo.

A articulação do joelho é um elemento de ligação entre os ossos. As superfícies articulares são os Côndilos do fêmur, da tíbia e da patela. A superfície articular é recoberta de uma cartilagem aderente ao tecido ósseo, lisa, flexível e elástica, de cor branca, com a capacidade de suportar a pressão de cada articulação.
As extremidades ósseas são lubrificadas pelo liquido sinovial; a cartilagem é desprovida de vasos, mas é nutrida pelo sinuvial. A cápsula é rica em fibras de grande resistência. Porem, por ser pouco elástica, está sujeita a distensão, rupturas, entorses e luxações. Sinovial e a membrana fina e transparente que cobre a face interna da cápsula e se prende ao revestimento cartilaginoso das superfícies, vascularizado e secretando o liquido sinovial, incolor, viscoso. Este liquido possui dois registros:
  • Registro mecânico, que lubrifica a cartilagem e permite deslizar pela superfície das articulações.
  • Registro nutritivo, que alimenta a cartilagem.
A articulação do joelho pode-se dizer funciona quase que exclusivamente em flexão e extensão. Na frente, encontra-se a patela, pequena e inserida no tendão do músculo grosso, responsável pelo relevo anterior da coxa.
O joelho tem um apoio firme na coxa e na perna quando se acha em extensão; quando em flexão está mais ligado ao pé.
Por essa razão em yoga, ao se trabalhar com os joelhos, procura-se sempre fortalecer os músculos das coxas e das pernas de um modo geral.
Os músculos que ajudam o movimento de extensão carregam o peso do corpo inteiro, e os que ajudam no movimento de flexão carregam o peso só do membro inferior.
Músculos da articulação dos joelhos – face anterior da coxa:
  • Músculo quadríceps femoral: é o extensor mais importante do joelho e também o mais poderoso e forte do corpo humano. Sua função é dinâmica, porem apresenta-se estática quando o joelho está em extensão.
  • Músculo tensor da fácia-lata: tem uma grande capacidade de adaptação, mas um movimento de extensão do joelho reduzido.
  • Músculos sartorio: é muito extenso, variando de 50 a 60 cm de comprimento. Funciona como flexor do quadril e do joelho. Participa da flexão, abdução e rotação da coxa e de movimento de flexão da perna. Quando a perna não está apoiada, ainda participa da rotação da perna dobrada.
  • Músculo reto femoral: é um músculo de ação rápida.
Músculos da articulação dos joelhos – face posterior da coxa:
  • Músculo ísquio crurais: exercem uma função dinâmica da ponta do pé com o solo.
  • Músculo semitendíneo: dobra o joelho e executa a rotação interna quando a perna se acha dobrada.


    ANATOMIA SUTIL DOS JOELHOS
    O joelho é a segunda articulação da perna, aquela que serve para dobrar, ceder, para ficar de joelhos. É a articulação da humildade, da flexibilidade interior, da força profunda, ao contrario do poder exterior, que gera a rigidez. Ele é o sinal manifestado do alivio, da aceitação, e até mesmo da rendição e da submissão. O joelho faz papel da "porta da Aceitação", aceitar as mudanças que a vida muitas vezes nos impõe. Ele é o complemento, a continuação do quadril, prolongamento a mobilidade deste, porém no sentido inverso. O quadril e uma articulação que só pode se curvar para frente, enquanto o joelho só se curva para trás. A articulação que faz a alternância entre consciente e o não-consciente. Representa assim a aceitação de uma emoção, de uma sensação, de uma idéia que emerge do não consciente em direção ao consciente - ou mesmo o inverso. É a articulação maior da relação com o outro e da nossa capacidade de aceitar o que essa relação implica em termos de abertura, até mesmo de compromisso (não comprometimento).
    Segundo Hiroshi Motyoyama (2006), o chakra da base o primeiro situado na base da espinha, o CHACKRA MULADHARA, controla o processo de eliminação e corresponde ao plexo retal. É considerado o centro oculto do corpo, pois contém a energia da KUNDALINI. E representado pela cor vermelha, responsável por todos os aspectos do ser humano – tanto físico como material e psicológico – inclusive pela consciência e inconsciência. O mantra deste chakra é Lam, o som que representa o elemento terra.

    YOGATERAPIA
    Observações e avaliações importantes:
    • Homem jovem e em boa forma com força nas costas e rigidez nos tendões das pernas.
    • Prática atual de asanas inclui asanas que forçam os joelhos.
    Sugestões principais:
    • Interromper a prática atual.
    • Praticar só asanas que não forcem os joelhos.
    • Fazer asanas de flexão para frente com expirações prolongadas para alongar a coluna lombar.
    Neste caso foi observado que havia rigidez na coluna lombar e tendões das pernas, mas que os músculos das costas eram fortes e não havia nenhuma assimetria na coluna.
    Para este caso alguns asanas devem ser evitados, para não forçar os joelhos. Estes asanas não são recomendados:



    Os asanas sugeridas para ajudar a aumentar a flexibilidade das costas e tendões das pernas, também para reduzir a pressão sobre os joelhos.
    YOGA PARA REDUZIR A DOR NOS JOELHOS

    Uttanasana - Postura de Intenso Estiramento Posterior 












    Parshvottanasana - Postura de Alongamento Lateral










     

    Trikonasana - Postura do Triangulo










     

    Paschimottanasana - Postura da Pinça













    Jathara Parivritti - Postura do Torção do Estômago













    Savasana - Postura do Cadáver








     

    PRANAYAMA: Respiração abdominal









    Fonte: DAHLKE, RUDIGER. A doença como linguagem da alma. Tradução Dante Pignatari, Editora Cultrix, São Paulo, 2007. FERNANDES, NILDA. Uma prática de Alongamento. Editora Ground, 2ª edição, São Paulo, 2003. MOHAN, A. G. e INDRA. A Terapia do Yoga, Editora Pensamento, São Paulo, 2006. MOTOYAMA HIROSHI, Teoria dos Chakras ponte para a consciência superior. Editora pensamento, São Paulo, 2006. ODOUL MICHAEL, Diga-me onde dói e eu te direi por quê. Os gritos do corpo são as mensagens das emoções. Editora Campus, 3ª edição. Rio de janeiro. RJ.

    PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS

    Milhões de pessoas no mundo sofrem de alergias ou asma e têm crises com dificuldades respiratórias. Milhões de pessoas também apresentam problemas respiratórios decorrentes da fumaça do cigarro e da poluição. Pessoas alérgicas a alguns tipos de frutos do mar, castanhas, medicamentos e picadas de insetos também sofrem problemas respiratórios. Essas pessoas podem ter um tipo de reação alérgica chamada de choque anafilático, que começa imediatamente após o contato com a substância causadora da alergia. Nesse tipo de reação alérgica, as vias aéreas (tubos que levam o ar até os pulmões) ficam estreitas, dificultando a respiração e provocando queda da freqüência cardíaca e da pressão arterial. Se a pessoa não for tratada rapidamente pode morrer.
    O yoga combate os problemas respiratórios visando melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem de algum tipo de deficiência respiratória. São asanas (posturas psicofísicas) específicos que visam contribuir para o desenvolvimento da capacidade respiratória e conseqüentemente da saúde como um todo, amenizando os sintomas ligados ao problema. Desta forma pretende-se proporcionar estados de relaxamento, visto que a deficiência respiratória provoca constante estado de tensão e ansiedade. Todas as posturas de expansão torácica, associadas à expiração, são indicadas para a melhora rápida e segura do indivíduo com problemas respiratórios.
    As práticas de Yoga, aliadas a uma alimentação nutritiva e balanceada visam melhorar o estado geral do praticante proporcionando-lhe bem-estar e mais disposição.

    Bhujangasana – Postura da cobra










    Viparita Karani – postura de inversão sobre os ombros













    Matsyasana – Postura do Peixe






     

    Fonte: FERNANDES, Nilda. Yoga Terapia. 2 ed. São Paulo: Groud, 1994.

    MENOPAUSA

    A menopausa é o término permanente das menstruações, resultante da perda da atividade folicular dos ovários, que leva à diminuição da produção de hormônios. A menopausa marca o término da vida reprodutiva, sendo precedida em muitos casos por irregularidade dos ciclos e, portanto, só se caracteriza após observação de 12 meses sem menstruação.


    Os sintomas mais comuns são: ondas de calor; ressecamento da mucosa vaginal; pele mais fina e menos elástica; flacidez da pele e aumento de rugas; perda de vitalidade e espessura de cabelos, unhas e gengivas; sintomas emocionais como instabilidade emocional, irritabilidade, crises de choro, ansiedade, angústia, insônia e depressão; sintomas intelectuais como diminuição da memória, redução das funções cognitivas e adaptabilidade a novas situações; dor de cabeça e enxaqueca; dores articulares; aumento de peso e redistribuição da camada de gordura; doenças como osteoporose, colesterol alto e problemas cardiovasculares.


    TÉCNICAS DE HATHA YOGA PARA ATUNUAR SINTOMAS DA MENOPAUSA:

    Setubandhasana - Postura da Ponte












    Adho-Mukha Svanasana - Postura do Cão Olhando Para Baixo














    Catuspadasana - Postura do Gato






    Paschimottanasana - Postura da Pinça















    Vrkasana - Postura da Árvore














    PRANAYAMA BHASTRIKA – Rodrigues (Yoga-Terapia-Hormonal para Menopausa, 1999) utiliza a respiração Bhastrika em todos os exercícios do seu programa de Yogaterapia Hormonal. Lembrando que Pranayama Bhastrika não é indicado para hipertensos e cardíacos. 







    Com este estudo constata-se a necessidade de ter apoio nesta fase da vida, seja de médico, terapeuta, ou orientador de Yoga. A mulher encontra-se frágil física e emocionalmente, e é importante manter a harmonia interna, papel que o Yoga pode desempenhar com eficiência, pois proporciona autoconhecimento, e aponta para a espiritualidade, proporcionando serenidade e autoconfiança. A mulher que tem o Yoga como aliado ficará tranqüila para enfrentar as diferentes etapas da vida, e poderá nem mesmo sentir os sintomas negativos da menopausa, aprendendo com as dificuldades e encontrando paz mesmo nos momentos difíceis.



    Fonte: FERNANDES, Nilda, Yoga Terapia: o Caminho da Saúde Física e Mental. 2ª ed, São Paulo: Ground, 1994. HERMÓGENES. Autoperfeição com Hatha Yoga. 24º ed, Rio de Janeiro: Record, s.d. Dinah. Yoga-Terapia-Hormonal para Menopausa. 2ª ed, São Paulo: Madras, 1999.

    INSÔNIA

    Durante o sono natural, a pessoa perde o contato com o mundo exterior produzindo-lhe uma ação reparadora. Insônia é a dificuldade de dormir alterando com isso o ritmo da pessoa levando como conseqüência a patologias. Descoberta recente abriu perspectivas para os estudos sobre o sono e novas possibilidades para os tratamentos, que já não precisam ser feitos apenas com remédios. Na busca pelas causas desse sintoma, os pesquisadores constataram que a maioria dos casos de insônia não é de origem orgânica, mas sim emocional. Fatores que podem provocar esse distúrbio: irritação, fadiga, cansaço, nervosismo excessivo e problemas psicológicos. Também o uso excessivo de fumo, álcool e drogas. Pode se dizer que insônia é o mal da vida moderna. Segundo Dr. Rubens Pittiuk, neuropsiquiatra do Hospital Albert Einstein. Angústia, pressa e tensões do cotidiano são fatores que nos roubam o sono. Os que sofrem de insônia precisam adotar um regime alimentar nutritivo de fácil digestão; alimentação noturna leve; eliminar o uso do café, fumo e álcool, aumentar a dosagem de vitamina C, aumentando a resistência física. A médica neurologista Stella Tavares, responsável pelo Laboratório do Sono do Hospital Albert Einstein, aconselha seus pacientes a praticar yoga, meditação ou outra terapia que favoreça o bem estar físico e mental. A pratica de yoga entre outros benefícios reequilibra o funcionamento das glândulas, incluindo a pineal responsável pela liberação do neuro-hormônio que induz ao sono.



    TÉCNICAS DO HATHA YOGA PARA ALIVIAR OS SINTOMAS

    Bhujangasana - Postura da Cobra











    Paschimottanasana - Postura da Pinça















    Salabhasana - Postura do Gafanhoto













    Sarvangasana - Postura da Vela















    Savasana - Postura do Cadáver





     





    Fonte: BEIL, A “Apostila da Professora do Curso Yogaterapia”,Faculdade “Espíritas”, 2006. HERMOGENES, J. Autoperfeição com Hatha Yoga, 38 ed., Rio de Janeiro, Nova Era, 2004. FERNANDES, Nilda. Yoga Terapia, ed. Ground, São Paulo, 1994.

    sexta-feira, 27 de novembro de 2009

    ENXAQUECA

    São crises de dor de cabeça de intensidade moderada/grave, geralmente unilaterais, latejantes e habitualmente acompanhadas de náuseas, vômitos, intolerância à claridade, barulho e cheiro. Apresentam uma prevalência de 16% nas mulheres e de 6 % dos homens. São mais freqüentes nas mulheres, tendo seu início na puberdade e se estendem habitualmente por toda vida fértil. Podem apresentar grande melhora durante as gestações e após a menopausa. A crise tem freqüência variável, duram por horas ou até dias, podendo alcançar num percentual razoável de pacientes uma freqüência diária ou quase que diária. Alguns pacientes antes das crises apresentam alterações visuais (visão embaçada, luzes coloridas ou até perda parcial da visão). Estas alterações geralmente precedem as crises e duram por cerca de 30 minutos. As crises podem ou não ter fatores desencadeantes tais como: dormir muito, dormir pouco, dormir fora de hora, determinados alimentos, cheiros fortes, ciclo menstrual, exposição ao sol, esforço físico e bebida alcoólica e stress emocional, dentre outros. Estes fatores devem ser particularizados para cada paciente.


    COMO A YOGA PODE AJUDAR
    Praticar yoga regulamente alivia as dores de cabeça por tensão e diminui a freqüência e a intensidade das enxaquecas. Obviamente ,como muitas dores de cabeça parecem ser provocadas pelo stress, uma sessão diária de yoga é a receita perfeita para liberar a tensão represada, prevenir e aliviar a dor.


    Tadasana - Postura da Montanha
















    Uttanasana - Postura de Intenso Estiramento Posterior
















    Darmikasana - Postura da Folha Dobrada





     



    Setubandhasana - Postura da Ponte









     




    Stambasana - Postura da Pilastra














    RELAXAMENTO: Yoga Nidra. Exercícios Psicossomáticos e de Rejuvenescimento. São relaxamentos dirigidos progressivos, para que a pessoa libere gradualmente as tensões.

    Fontes: FEERNANDES, Nilda. Yoga terapia – o caminho da saúde física e mental. São Paulo: Ground. 1994. SPARROWE, L. Livro de Yoga E Saúde Para A Mulher, O. São Paulo pensamento. 2006.

    DEPRESSÃO

    Depressão é um distúrbio que se caracteriza por uma tristeza, esgotamento, uma sensação geral de cansaço, fraqueza, falta de apetite e uma forte ansiedade. Os pacientes deprimidos perdem o interesse por tudo em sua volta, não têm disposição para nada, muitas vezes não procuram ajuda, pensando não poderem melhorar. A depressão é uma síndrome neurótica, que se desencadeia em resposta a alguma circunstância ou mesmo em função de um problema que não se tem como resolver. Este último é o tipo mais brando de depressão.

    CAUSAS
    As pessoas que já experimentaram períodos de depressão relatam um acontecimento estressante como o fator precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é o fato mais citado, mas todas as grandes perdas (e mesmo as pequenas) causam um certo pesar. Alguns fatores genéticos ou biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas pessoas. A existência ou a ausência de uma forte malha social ou familiar também influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação. Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, epinefrina e norepinefrina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes. Medicamentos como betabloqueadores, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e antiparkinsonianos podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada a longo prazo.


    TRATAMENTO
    O tratamento do depressivo com Yoga é muito difícil, dadas as implicações de natureza variada. Em primeiro lugar, deve-se obter a confiança do deprimido para que ele possa mudar de atitude, principalmente o negativismo em que eles caem. As pessoas deprimidas têm falta absoluta de vontade de fazer qualquer coisa, incluindo Yoga, razão por que se deve ser feito um trabalho individual. Ao quadro depressivo, além do que já foi exposto, pode-se acrescentar dores de cabeça, apatia e falta de confiança em si.
    O que se deve fazer: Pesquisar a causa; Classificar dentro do quadro psicológico (com auxílio de médico); Programar o trabalho de Yoga; Observar os problemas secundários. O papel do Yoga se atem mais ao sentido preventivo e de ajuda ao depressivo. As posturas em pé são as mais indicadas, mantendo-se na posição o mais tempo possível. Trabalhar bastante a respiração, principalmente a expiração, que deve ser bem alongada.


    Os Asanas e Pranayamas devem ser variados, não deixar cair em rotina. Cada sessão de Yoga deve ser uma novidade agradável, para ativar o interesse do depressivo. Trabalhar bastante o Kapalabhati, com o objetivo principal de ativar a mente e o corpo. Os Asanas devem ser feitos em movimentos dinâmicos, entremeados de pequenos “relax”. Pode-se usar pequenos sons na expiração, como por exemplo, A, E longos e mesmo o OM. Enfim, tudo o que se puder fazer com a parte física ajudará bastante o depressivo.


    Técnicas de Hatha Yoga indicadas para atenuar a depressão:



    Kapalabhati: o kapalabhati é um exercício purificador. Sua finalidade é a limpeza completa das narinas, assim como o resto do aparelho respiratório. O kapalabhati acelera a circulação do sangue e melhora sua qualidade, com o que se consegue uma varrida geral das impurezas do organismo carregadas pelo sangue venoso. Ao mesmo tempo, limpa-se de mucosidades ou de aderências estranhas todo o conduto respiratório, desde as fossas nasais até os alvéolos pulmonares.


    Trikonasana















    Uttanasana













    Ardha-Matsyendrasana













    Viparita Karani















    Fontes: FERNANDES, N. Yogaterapia – o caminho da saúde física e mental. 4ª ed, Ground, 1991.

    CORAÇÃO

    O coração é um órgão muscular, contendo duas bombas, onde cada uma tem duas câmaras, um átrio em cima e um ventrículo embaixo. Divide-se em miocárdio, pericárdio e endocárdio. Localiza-se no centro do tórax e impulsiona o sangue através de contrações (diástole) dilatações (sístole).

    O Sistema Circulatório pode ser subdividido em três unidades funcionais:
    1 circulação sistêmica (grande); 2. circulação pulmonar (pequena) e 3. circulação cerebral.
    As artérias conduzem o sangue do coração para a periferia sob pressão relativamente alta, enquanto que as veias retornam o sangue dos órgãos para o coração sob baixa pressão.

    As doenças cardiovasculares abrangem todos os problemas relativos ao coração e aos vasos sanguíneos.
    As principais são as seguintes:

    • Arteriosclerose: Endurecimento das artérias diminuindo o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco, provocando derrame;
    • Angina: Dores no peito, indicando agravamento de doenças coronárias;
    • Enfarto do miocárdio: ocorre quando um vaso que leva sangue ao coração fica totalmente bloqueado;
    • Arritmia: batimentos irregulares;
    • Outras doenças: Infecções, febre reumáticas, doenças hereditárias, pressão alta, colesterol alto.

    As principais causas das doenças cardíacas estão relacionadas com problemas emocionais, espirituais e fisiológicas. Pesquisas indicam que o efeito do stress emocional, do isolamento, da baixa auto-estima tem influência nas doenças cardíacas. O instituto de medicina preventiva de Dean Ornish em Sausalito, Califórnia, diz que a função cardíaca é uma metáfora da necessidade de equilíbrio entre dar e receber. Mulheres e homens que mantiveram ligações sociais têm na velhice uma incidência menor de doenças cardíacas e de disfunções imunológicas. Nischala Devi escritora, e pesquisadora, diz que as mulheres que tem um sofrimento emocional ou psíquico, tende a se fechar, e fechar o coração. Isso por sua vez, faz com que o corpo emocional se contraia, aumentando ainda mais o sofrimento.

    TÉCNICAS DO HATHA YOGA PARA AJUDAR NO TRATAMENTO DAS DOENÇAS DO CORAÇÃO

    Se a doença cardíaca é uma sinfonia discordante entre múltiplos participante indicadores físicos, emoções negativas e falta de conexão espiritual, haverá melhor maestro do que o Yoga? As posturas físicas, a respiração meditativa, o serviço à comunidade trabalham em conjunto para proporcionar um ambiente saudável para o coração. No nível físico os Asanas e os Pranayamas ajudam equilibrar o sistema nervoso autônomo e tem um efeito benéfico sobre a pressão sangüínea. O yoga ajuda o corpo anular os efeitos do stress sobre o coração e sobre o sistema imunológico e endócrino.

    Savasana - Postura do Cadáver












    Uttanasana - Postura de Intenso Estiramento Posterior














    Adho Mukha Svanasana - Postura do Cão Olhando para Baixo













    Dharmikasana - Postura da Folha Dobrada










    Paschimottanasana - Postura da Pinça













    Supta Badha Konasana  









    Pranayama: Nadi Sodhana (sem retenções)












    Fontes: SPARROWE, LINDA. Yoga e Saúde para a Mulher. ed. São Paulo: Pensamento, 2002. Lütjen – Drecoll Rohen. Atlas de Anatomia. ed. São Paulo: Manole, 1998.

    CERVICAL, TORÁCICA E LOMBAR

    A coluna vertebral serve de apoio para outras partes do esqueleto, possui 33 vértebras que são separadas umas das outras por discos vertebrais. Esses discos são constituídos de material fibroso e gelatinoso que desempenham a função de amortecedores e dão mobilidade para nos locomover, correr ou saltar.
    A região cervical é constituída por 7 vértebras cervicais, são as que possuem maior mobilidade, por ser o pescoço o suporte da cabeça.
    A região torácica é constituída de 12 vértebras que servem de inserção para as costelas.
    As doenças que ocorrem na coluna lombar são: Lombalgias ou Lumbago (dores agudas na coluna), Lombartrose (inflamação crônica das articulações e vértebras lombares-artrose).
    A região sacrococcigiana é composta pelo osso sacro que é resultado da fusão de 5 vértebras que também serve de articulação para o osso do ilíaco do quadril, que se articula com o fêmur. As dores nesta região são as sacralgias, podem estar relacionadas com alterações intestinais, ginecológicas, ósseas ou nas raízes dos nervos espinhais que se encontram nesta região. O osso cóccix é formado pela fusão das últimas 4 vértebras.
    As causas e agravantes dos problemas na coluna são: as condições de trabalho levantamento e carregamento de cargas excessivamente pesadas, sedentarismo, as causas psicossomáticas, a fadiga muscular, permanência na postura incorreta, degeneração natural das vértebras ou discos intervertebrais seguida de inflamação ou não (hérnia de disco, artrite, e artrose).

    Quando é vista de frente a coluna vertebral é reta, e quando é vista de lado apresenta aumento das curvaturas, lordose e cifose. Temos assim a lordose cervical (pescoço), a cifose torácica (nível das costelas), a lordose lombardi (nível do abdome) e a cifose sacrococcigía, ao nível do sacro e do cóccix. Autores relatam que 70 a 80% da população teve ou terá dores nas costas. Cada região acaba emitindo sua mensagem psico-espiritual, ou seja:

    • Coluna Cervical: o medo da mudança, a rigidez mental e a necessidade de controlar seu próprio mundo podem ocasionar espondilose cervical. Relaxar e aceitar mais as coisas ajudam a aliviar a dor.
    • Coluna Torácica: geralmente ocorre com aquelas pessoas que fazem tudo por um amor e esse não é correspondido. Podendo sentir na escápula esquerda, pois, nesse caso o braço acaba fazendo movimentos inconscientes de proteger o coração. É preciso trabalhar a auto-estima nesse caso.
    • Coluna Lombar: deriva da tensão muscular. São pessoas que não tem facilidade de receber apenas fazer, são perfeccionistas e ideais muito elevados. Cobram-se muito. A cura acontece a partir do momento que as pessoas aprendem a receber, diminuir expectativas com relação aos outros, vai se tornar uma pessoa mais alegre.

    YOGA PARA ATENUAR OU COMBATER DORES NA COLUNA

    Catuspadasana - Postura do Gato

    Bhujangasana - Postura da Cobra


    Dharmikasana - Postura da Folha Dobrada










    Jathara Parivritti - Postura de Torção do Estômago












     Apanasana - Postura de Energia Apana





    Pranayama - Respiração Baixa


    Esta respiração pode ser praticada de forma firme ou relaxada. Alunos iniciantes a trabalham de forma relaxada, pois auxilia na liberação de tensões. Nesta respiração só os lobos inferiores dos pulmões se enchem de ar e, só o abdome executa um movimento ondulatório, o peito permanece imóvel. Os movimentos propiciam ativa resposta ao relaxamento, massageando os órgãos abdominais, cria espaço e facilita os movimentos do diafragma, abre o segundo chakra.

    O trabalho com esta respiração pode ser executado deitado com joelhos flexionados e unidos, pés afastados ou unidos, ou ainda sentados em uma cadeira. As mãos devem ser colocadas no abdome. A atenção deve acompanhar a suave a e profunda ondulação do ventre, o entra e sai do alento, pois o praticante somente experimentará as sensações de descanso, liberdade, espontaneidade, leveza, alegria e paz se abandonar a vida que nele penetra. Inalar lentamente, continuamente e completamente, buscando expansão do abdome de forma progressiva. Após uma pausa, exalar o ar deixando que o abdome contraia-se normalmente. Pode usar contagem, por exemplo, inspira em dois, expira em quatro. Após a conscientização desse exercício, o praticante deve buscar as demais práticas para evitar alongamento dos músculos abdominais de forma exagerada.

    Fontes: FERNANDES, Nilda, Yoga Terapia – O Caminho da Saúde Física e Mental, 4 ed. São Paulo – Groud, 1994. IYENGAR, B. M, A Luz do Ioga, 6 ed. São Paulo, Pensamento – Cultrix, 2003. PAGE, C. R, Anatomia da Cura – O Significado da Doença Física, Mental e Espiritual, São Paulo – Groud, 2001.
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