terça-feira, 30 de novembro de 2010

PARVATI


Deusa ou Devi, que é tida como a consorte de SHIVA. Aliás, talvez seja este um dos casais mais populares do HINDUISMO. Segundo a tradição, PARVATI é a personificação da paciência e da bondade. Protetoras dos casamentos têm como objetivo construir uma família e um lar, para, assim, dar vazão ao seu instinto maternal. É um contraponto ao seu marido, SHIVA, que é violento, intempestivo e avesso a todas as regras sociais. Para o deus da “destruição”, quanto mais afastado da vida em comunidade melhor. Mas apesar desta brutal diferença de personalidade, ambos se completam e são inseparáveis. SHIVA nada seria sem PARVATI. A amável e bela deusa, filha do rei do Himalaia, é a força (a energia de SHIVA) com a qual ele faz a transformação do Mundo. Apenas ao lado da mulher é que o deus manifesta toda a sua potencialidade. PARVATI é a suprema energia, que em SÂNSCRITO é chamada de SHAKTI. Tudo nasce dela; o que, aliás, é uma regra para os outros casais de deuses. Sem as suas companheiras, os grandes deuses seria corpos sem vida, incapazes de agir.
Conforme alguns eruditos “. . . a mulher representa a energia ativadora, enquanto o homem significa o poder de transformação. . .”  Nas representações, o casal SHIVA e PARVATI é quase sempre retratado de braços dados e sorridentes. 
Porém, o relacionamento deles não é perfeito. Às vezes, as diferenças causam desavenças e, em alguns mitos, PARVATI protagoniza o papel de esposa intolerante, enquanto SHIVA age de modo irresponsável e egoísta. Para ilustrar este fato, têm-se que o maior sonho dela seria ter um filho com ele, mas ao “Senhor da YOGA” não interessava a procriação (deve-se ter em mente a sua função de destruidor), apenas a meditação. Por isto, quando dos nascimentos dos dois filhos do casal, SKANDA e GANESH, o pai esteve ausente. 
A história de amor do casal é contada no livro sagrado SHIVA PURANA, datado de 07 a.C. Nele, conta-se que PARVATI nasceu com a missão de se tornar a mulher de SHIVA. Depois que perdeu sua primeira esposa, o deus mergulhou em profunda meditação e PARVATI deveria tirá-lo desse estado de inconsciência, para que SHIVA pudesse cumprir seu papel de destruidor. Além disto, ela deveria gerar um filho dele, pois a criança seria a única forma de vida capaz de matar um demônio que ameaçava o Mundo naqueles tempos. A conquista amorosa foi difícil, pois conforme os eruditos “. . . a consorte para merecer o casamento com uma figura destacada, precisa provar que têm capacidade de acompanhá-la e, se necessário, até mesmo superá-la. . . “.
O caminho escolhido por PARVATI para impressionar SHIVA foi a via do TAPAS, que, conforme as crenças hindus, é um dos mecanismos mais eficientes para realizar um determinado desejo. Acredita-se que depois de algum tempo realizando esse exercício, o calor liberado pelo corpo pode até queimar o Mundo e PARVATI ficou durante muito tempo sustentada por uma perna e no meio de quatro fogueiras, em pleno verão. O calor acumulado foi tanto, que os outros deuses forçaram SHIVA a consumar o casamento. Desse modo, PARVATI cumpriu seu destino e se tornou a companheira perfeita de SHIVA. PARVATI, em SÂNSCRITO significa “Montanha”, mas também é chamada de: DURGA, KALI...

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