Entoar Mantras faz com que ativemos ondas cerebrais do lobo frontal esquerdo, que, quando estimulado, aumenta a sensação de bem-estar e, por isso, de paz.
Para o budistas tibetanos, o Mantra é uma maneira de agradecer a vida e retribuir, emanando energia positiva para o mundo. Todo Mantra sânscrito significa alguma coisa ou aponta para algum aspecto da realidade, adequado como tema de reflexão para cada praticante.
Para o yoga, são dois tipos de Mantra. Um, chamado de kirtan, trabalha com a extroversão, alegria, leveza e satisfação. O outro são os sons japa, uma forma de vocalizar o Mantra repetitivamente, que consegue levar o praticante a um estado de introspecção.
Quem não é acostumado com esses sons e mudanças nas ondas cerebrais que eles trazem pode estranhar no início. "O mal-estar inicial acontece porque é como se o corpo fosse um quarto empoeirado. O Mantra vem para fazer essa faxina e, na hora em que a poiera que estava parada se levanta, a pessoa sofre. O Mantra dissipa essa poiera do nosso corpo, traz limpeza e, por isso, leveza", diz o lama Rigdzin.
Por serem sons poderosos, os Mantras podem mexer com alguns sentimentos que estavam guardados e por isso não é difícil que um iniciante sinta raiva, vontade de chorar ou de dar gargalhadas. É o início da limpeza espiritual.
Assim, o Mantra nos traz para o presente e é uma espécie de refúgio dos problemas, uma maneira de aprender a lidar com eles de forma mais suave.
Artigo da Gazeta do Povo - Viver Bem - Domingo, 13 de dezembro de 2009.
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