domingo, 13 de dezembro de 2009

BRAHMA

Brahma, O Deus Criador considerado outrora o maior dos deuses porque colocava o universo em movimento. Primeira divindade do trimurti. Aparece de manto branco montando um cisne. Possui quatro cabeças das quais representam o conhecimento sagrado dos quatro Vedas (Rig, Yajur, Sama e Atharva), simbolizando que Brahma é a fonte de todo o conhecimento necessário para a criação do universo. Dos quatro braços, ele leva em sua mão direita um rosário, um livro na mão esquerda, um kamandal (pote de água) na mão esquerda e concede a graça com sua mão direita. O rosário simboliza o ciclo do tempo pelo qual o mundo se move da criação para sustentação, da sustentação para a dissolução e da dissolução para uma nova criação. O livro simboliza o intelecto, ilustra que o conhecimento correto é importante para qualquer tipo de trabalho criativo. O pote de água simboliza a energia cósmica por meio da qual Brahma coloca o universo em existência. A mão simboliza o ego, é mostrada no gesto de conferir a graça, e protege todos os devotos sinceros. A cor dourada simboliza a atividade, o que indica que ele está ativo durante o processo da criação. A cor branca da barba denota sabedoria, e o seu comprimento representa a idéia de que a criação é um processo eterno. O cisne simboliza o poder do discernimento.  
É o Pai Celestial, criador dos céus e da terra. Uma das lendas sobre o surgimento de suas múltiplas cabeças conta que, de sua própria "substância imaculada", Brahma deu origem a uma companheira. Ao contemplar a beleza sublime de sua companheira, Brahma foi tomado por um grande amor que não conseguia deixar de olhá-la. Para que continuasse a mirá-la, mesmo quando ela se deslocava para outros lados (direito, esquerdo, trás e alto), Brahma deixou que novas cabeças surgissem. Por fim, Brahma tomou-a por companheira e juntos deram origem a suras (deuses) e asuras (demônios).
O mantra de Brahma, ou Brahma Mantra, proporciona contentamento, saúde e longevidade. Concede também um sentimento profundo de devoção e confiança. Deve ser entoado, no mínimo, oito vezes:
Om Hrim Brahmaya Namah.
Fonte: Bansal, Sunita Pant. Deuses e deusas hindus. Tradução Ângela Machado. Rio de Janeiro: Nova Era, 2008. 

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